Qui, 27 de abril de 2017, 10:19

Programa Servidor Cidadão promove palestra sobre depressão
Esse foi o quarto encontro do programa em 2017
"Depressão crônica, mais comum, dá sinais de apatia, mas existem depressões que são mais difíceis de verificar", diz a psicóloga e psicanalista Petruska Menezes.
"Depressão crônica, mais comum, dá sinais de apatia, mas existem depressões que são mais difíceis de verificar", diz a psicóloga e psicanalista Petruska Menezes.

No quarto encontro temático do ano de 2017, o Programa Servidor Cidadão trouxe à discussão o tema depressão, seguindo indicação da Organização Mundial da Saúde (OMS) em sua campanha anual de valorização à vida. O evento contou com a parceria das secretarias municipais de saúde de São Cristóvão e Aracaju num esforço coletivo de conscientização da comunidade acadêmica sobre esse problema de saúde que já afeta cerca de 322 milhões de pessoas no mundo, segundo relatório global da OMS.

Veja as fotos do evento.

Os palestrantes convidados foram Adalberto Goular, a professora do Departamento de Educação Física Martha Bragança e a psicóloga e psicanalista Petruska Menezes, que destacou as principais características da doença.

“A depressão crônica, mais comum, dá sinais de apatia, de falta de vitalidade, mas existem depressões que são mais difíceis de verificar porque a pessoa consegue disfarçar os hábitos de vida e fica mais difícil de quem está ao lado perceber. Quando ela se torna mais intensa, no entanto, você vai realmente perceber que a pessoa muda, ela perde o prazer pelas coisas, quer ficar mais quieta, evita sair de casa. É todo um voltar para si mesmo; ela perde todos os interesses sociais”, afirma.

A depressão atinge mais mulheres do que homens e já é a principal causa de afastamento do trabalho e outras atividades cotidianas. A doença causa diversos problemas, sendo o mais greve o suicídio que já figura entre as principais causas de morte em todo o mundo. Só em 2015 mais de 780 mil pessoas cometeram suicídio, de acordo com a OMS.

Tratamento


A professora do Departamento de Educação Física Martha Bragança foi uma das palestrantes. (fotos: Schirlene Reis/Ascom UFS)
A professora do Departamento de Educação Física Martha Bragança foi uma das palestrantes. (fotos: Schirlene Reis/Ascom UFS)

O tratamento da depressão deve ser feito com medicação indicada por um psiquiatra e tratamento psicoterápico, que é um atendimento realizado por um psicólogo ou psicanalista com a finalidade de tratar questões como dificuldades emocionais, comportamentais e cognitivas. A psicoterapia pode incluir atividades físicas, hobbies como desenho, costura, ioga e meditação ou outros tratamentos alternativos. O uso somente de medicação não é recomendado.

Daianne Cardinalli é estudante do mestrado em Educação Física da UFS e acompanhou a palestra por indicação de seu orientador. A mestranda desenvolve pesquisa sobre a depressão no ambiente acadêmico e ressalta a importância desta discussão na universidade.

“Foi bastante interessante porque eles trouxeram várias perspectivas - a do profissional da educação física, do psiquiatra e do psicólogo - para mostrar que depressão não pode ser um tabu porque quanto mais a gente fala sobre o assunto mais a gente pode conseguir movimentar as pessoas a procurarem tratamento e melhorarem dessa condição”, afirma.

O programa

O Servidor Cidadão é uma iniciativa do Departamento de Desenvolvimento de Recursos Humanos (DDRH), da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep), com o intuito de promover discussões sobre temas ligados à saúde de servidores e demais membros da comunidade acadêmica.

A diretora do DDRH, Rose Maria Tavares, aponta um crescimento do programa. “Cada dia vem aumentando o número de servidores nos nossos encontros e muitos deles sugerem palestras. Isso tem sido muito bom porque mostra o interesse dos servidores em ter novos conhecimentos em novas áreas”, conclui.

O próximo encontro do Servidor Cidadão acontece no dia 31 de maio e traz como tema a “Autoestima: fator primordial para a saúde”.

Rádio UFS


Notícias UFS